domingo, 4 de março de 2012

LITERATURA TAUBATEANA


Taubaté, Capital Nacional da Literatura Infantil, título honroso concedido nos primeiros meses da Gestão da Presidente Dilma Rousseff, em 2011, em reconhecimento por ser a cidade que viu nascer o mais importante escritor infantil da literatura brasileira - Monteiro Lobato - não gira em torno de um único gênero da literatura... possui todo um universo literário e não parou no ano de 1948, com o passamento de Lobato.
A cada dia, nos esconderijos dos seus quartos, nos diversificados escritórios, nas salas de aula, nas praças, nas ruas, e em outros locais diversos, há um poeta fazendo nascer versos em Taubaté. Em cada canto da cidade, há um prosador, tecendo, nas manhãs cinzentas ou ensolaradas, seus desabafos em forma de crônicas. Nas madrugadas, nas tardes e nas noites, um escritor construindo seus contos e romances... um outro pesquisando e formulando como deverá ser seu livro técnico, cientifico, filosófico...
Desde o século XVII, quando começou a florescer o povoado nas bandas de Taubaté, que seria, no dia 5 de dezembro de 1645 elevada a categoria de Vila, pode-se dizer que a literatura teve seu início nas terras de Jacques Félix, porém, infelizmente chegou pouco ao nosso conhecimento, ficando restrito o que foi produzido a partir de 1861, ano mágico e maravilhoso para a cultura de nossa cidade, quando surge a imprensa neste solo abençoado.
Podemos focar nossa literatura pelo século XX de forma rezoavelmente eficaz, trazendo à tona os poetas do início do século, como Honório Jovino, Benedito Walmore Marcondes, Bernardino Querido, Maria Augusta Leonardo, Helvino Pereira de Moraes, dentre outros, e ir percorrendo nossa história literária vendo nomes que trouxeram brilho as nossas letras e orgulho ao nosso povo.
Seria inconcebível falar de literatura taubateana sem citar os nomes de Cesídio Ambrogi e Gentil de Camargo Leite, que fomentaram nossa cultura e ensinaram gerações. Também é preciso falar do prremiadíssimo trovador João Dias Monteiro; do maravilhoso poeta Geraldo de Oliveira; do grande jornalista e escritor Camões Filho; do sacerdote católico que encanta com suas canções e crônicas- Pe. Zezinho; da ativista cultural e trovadora Angélica Villela Santos; do trovador de escol Oscar Soares; do talentoso poeta Araífe David; do jornalista inesquecível Oswaldo Barbosa Guisard; do Rei dos Historiadores Taubateanos, Dr. Félix Guisard Filho; do sensacional cronista, amante da saudade, Emilio Amadei Beringhs; da grande trovadora Argemira Fernandes Marcondes; da grandiosa historiadora Maria Morgado de Abreu; do tupinólogo Hugo Di Domênico; do exímio historiador Paulo Camilher Florençano; do autor do Hino de Taubaté, Péricles Nogueira Santos; do brilhante jornalista Carlos Rizzini; do contista premiado, membro da Academia Paulista de Letras, Altino Machado; dentre outros tantos que precisaremos de muitas crônicas para citá-los.
Os movimentos literários e culturais em Taubaté também se destacam... já tivemos muitos, e temos outros tantos em nossos dias, podendo citar os atuais Clube dos 21 Irmãos-Amigos de Taubaté (1965), a Seção de Taubaté da União Brasileira de Trovadores (1968), a Academia Taubateana de Letras (1999), A Academia Valeparaibana de Letras e Artes (2001), o Movimento Poetas do Vale (2005), a Confraria do Coreto (2009), o Movimento União Cultural (2010), dentre outros...
Basta pesquisarmos um pouco e veremos que Taubaté vai além, muito além da literatura infantil e que nossa história e nossa cultura, graças ao espírito inquieto deste povo, não se resume em Monteiro Lobato.
LUIZ ANTONIO CARDOSO

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